Os dias de outono continuam pela manhã friozinho, esquentam na tarde e pela noite, deixe aquele frio ameno, com perspectiva de uma boa noite de sono.
Eu me divido entre dois lugares em que me sinto bem, duas cidades bem distintas, uma na metrópole, São Paulo - Brasil, e a outra incrustada na serra, em um belo vale, Gramado - Serra Gaúcha.
Entre o Frio da Serra e o Aconchego do Outono
Amo a serra, mas confesso que não lido bem com o inverno, frio em excesso não é para mim, tanto que, quando entra o outono, eu vibro e aguardo o começo do inverno, costumo ficar animada no primeiro mês, na medida que avança, o inverno fica bem carrancudo.
Confesso que aguardo sua passagem, com propósito da possibilidade de nevar, aí e o paraíso se instala perfeito para puro deleite e espera.
Quando Neva Caia, o Natal Chega Antes
Ver o coberto branco se estender nos ciprestes, árvores desnudas, gramados, pedras, telhados, vales, montanhas, e ainda, o centro da cidade fornece verdadeiros cenários de Natal branco, onde as chaminés a despejar lufadas branca e cinza completam a ambientação.
Isso para mim, e quando fico mais empolgada, quanto isso me seduz e me lembro do Natal que não sai o ano todo do meu pensamento, sonho com o Natal, respiro natal.
Que sempre digo, Natal foi feito para sonhar.
Uma lembrança natalina que ficou para sempre
Tenho uma ligação especial a comemoração de Natal, desde bem pequeno, tudo me seduz no mundo vasto natalino.
Talvez a lembrança mais linda de Natal foi a vista do papai Noel distante de mim desfilando pelas ruas de automóvel conversível vermelho e sua figura me impressionou muito, a face branquinha e as bochechas vermelhas...sorria e acenava.
Até hoje, guardo essa memória linda de puro encanto de cores vermelho, branco.
Mas isso ficará para contar na temporada de Natal, bem mais adiante, ficamos no post de hoje.
Um gesto simples, uma saudade doce de Outono
Tudo isso surgiu por causa de um gesto simples. Quando se mora entre dois lugares, é natural sentir saudade de um quando se está no outro. Apesar de ter vivido muitos anos em São Paulo, escolhi a serra como lar. E, quando passo muito tempo longe, a saudade bate forte.Hoje mesmo, ao passar pela floreira do jardim, vi folhas amarelas brilhantes — sedutoras, típicas do outono. Não resisti. Colhi algumas e tirei uma foto, que compartilho agora com vocês.
Esse pequeno gesto me lembrou, mais uma vez, que fiz a escolha certa. Onde quer que eu vá, levo comigo a essência de casa.
Esse gesto tão simples sempre me confirma que fiz a escolha certa ao chamar Gramado de lar. Quando passo muito tempo longe, a saudade bate forte — e então percebo que, onde quer que eu vá, levo comigo a essência da casa na serra.
Dica para quem está pensando em mudar de cidade
Se você anda sonhando com uma nova cidade, mas ainda tem dúvidas (ou até limitações para ir e vir), aqui vai um jeito simples de sentir se esse lugar pode ser o seu:Visite quando puder – mesmo que não seja com frequência, cada ida pode te mostrar algo novo.
Fique um tempo, observe o seu sentir – veja como você reage ao clima, à rotina, ao silêncio (ou ao movimento).
Perceba como se sente quando está longe – vem aquela vontade boa de voltar?
Às vezes, não dá para ir toda hora, mas o coração vai antes da gente.
E essa vontade de retornar, mesmo que só em pensamento, é um sinal bonito de que esse lugar pode ser o seu lar no futuro.
E assim encerro esse pedacinho de outono compartilhado…
Com uma folha amarela na mão, uma memória no coração e a certeza de que, às vezes, a saudade é quem mostra o caminho de casa.
Com carinho, Rejane.
“Não há saudade mais dolorida do que a de um lugar onde fomos felizes.”— Mia Couto
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