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Gramado, frio e memórias: o aconchego começa em casa

O encanto do frio e da chuva em Gramado  Como é bonito a chuva mansa, persisti desde ontem …mansa e continua.  A neve que havia previsão para encantadora e bela Gramado, não se confirmou.  O que temos é o frio que se espalha e deixa o vale silencioso e o que se ouve,  é tão somente o sino da igreja badalando sons agradáveis. Monte alegre do Campos e São José dos Ausentes-RS, ocorreram flocos de neve e chuva congelada, bem no outono! O que me deixa encantada aguardando o transcorrer do inverno, com a possibilidade de cenários nevados lindos pelo vale, assim como, Gramado se torna a cidade do encantamento e do bem-viver. Emana uma sensação de nostalgia que se espalha em mim e momentos bons, apesar do real, do caos que se instalou pela casa, digamos quase toda, com uma reforma necessária e salutar. Reformas de casa são necessárias,  costumo dizer se nós envelhecemos, a casa também se desgasta e para tanto reformar, faz bem para abrir caminhos para o  bem estar...

O aroma das casas e memórias: um olhar inspirado na Toscana

Ao ler “Sob o sol da Toscana”, de France Meyes, me vi transportado para um cenário que mistura o bem-estar com belezas inebriantes, tal como a casa em Gramado, envolta pela natureza exuberante e pelos aromas que o tempo preserva.

A história, com toda sua profundidade e o convívio na casa, abastecem a mente a mergulhar em reflexões sobre os cheiros e os sentimentos que nos conectam aos lugares e às memórias.

A casa de Gramado que se formou em minha mente durante a leitura parecia quase um reflexo da obra: uma edificação de quase trinta anos, onde o tempo reverberava nas paredes e nos móveis. Mas o que mais se destacava é a atmosfera impregnada por uma rica mistura de aromas.

O perfume das flores, que se espalham da mata nativa e  os jardins cuidadosamente cultivados em torno do vale, os cheiros das árvores — plátanos e álamos que dançam ao vento —, e a frescura da natureza, que respira junto à casa, formavam uma harmonia perfeita.

Porém, mais do que os cheiros da flora, o aroma peculiar da casa  se destaca.

Madeira envelhecida, couro, especiarias sutilmente impregnadas no ambiente, um toque de aconchego, trazido pelo calor de uma lareira que nunca deixa de se acender, bem como a fragrância do chá de alecrim no inverno que dá uma sensação de conforto.

Reflito no que é ter uma casa, uma verdadeira morada, que se molda ao corpo e à alma, quase como um organismo vivo.

Em cada canto, o cheiro da madeira, gastada pela passagem dos anos, parece contar histórias não ditas, lembranças de risos e silêncios, de passos que ecoam em um espaço. Sem dúvida, tempo imaginativo flutuantes de uma mente inquieta.

Mas, acima de tudo, a casa de Gramado se revelou como uma metáfora de algo mais profundo: a conexão entre o passado e o presente, o amor e a memória, e ainda, a beleza coexiste, embora, a doce morada necessita de pequenos reparos.

Senhora, amada pelos moradores da casa, é o símbolo de um amor, beleza que, embora frágil, permanece eterna, como a natureza ao redor e o perfume que se perpetua mesmo após décadas.

A leitura de livro “Sob o Sol da Toscana, aqui para conhecer a autora e sua casa, proporcionou-me reflexão sobre a impermanência das coisas, mas também sobre a maneira como, por meio dos sentidos, conseguimos capturar algo intangível e transformá-lo em parte de nossa própria história.

Tenha um adorável final de semana, logo mais a publicação da postagem da temporada de Páscoa, forte abraço a você!
" Quando eu era pequena, ficava procurando por joaninhas no jardim... até que finalmente adormecia. Quando acordava elas estavam em cima de mim!"

Sob o Sol da Toscana











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